Waldo Motta

POESIA - arte ciência religião

segunda-feira, 24 de agosto de 2015



TRÊS MÃES E UM SÓ PAI


Postado por Waldo Motta às 19:41 Um comentário:
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UM POUCO DE MIM

Nasci em São Mateus, Espírito Santo, em 27.10.1959, sendo Edivaldo Motta o meu nome de batismo. Sou poeta, escritor e outras babados inclassificáveis. Fiz teatro amador, em São Mateus-ES. Abandonei o curso de Comunicação Social-Jornalismo, na UFES, tornei-me autodidata e não completei um lustro de emprego estatal, no DEC-ES, onde trabalhei primeiro como Animador Cultural, ministrando oficinas literárias; depois, como Assistente de Direção, na chefia da Divisão de Ciências Humanas e Literatura.

Quase virei militante do gay lib e do movimento negro; quase fui a Amsterdan e Nova York, a trabalho; quase ganhei um prêmio Jabuti, em 1997, com o livro Bundo e outros poemas (Campinas: Unicamp, 1996), e quase sucumbi à paixonite juvenil pelo teatro, que me deixou sequelas no estilo de escrever e declamar.

Recito em escolas, teatros, bares, praças, etc. Pesquiso e ensino o que sei de símbolos, mitologia, hebraico, guarani e outras línguas, numerologia, Cabala e quejandos, interpreto sonhos, ministro oficinas literárias. Traduzi algumas passagens bíblicas do original hebraico, segundo os parâmetros da transdição, técnica que faz parte do estilo e método de leitura ou interpretação e criação poética, literária e artística, que inventei e chamo de estilo e/ou método apocalíptico, escatológico ou paraclético.

Também retornei à pesquisa da mitologia e da religião de nossos indígenas, mormente o povo guarani, buscando subsídios para a construção de uma nova poética, já esboçada no livro Bundo e outros poemas, e para a criação de um novo livro provisoriamente intitulado Terra Sem Mal.

Alguns críticos literários afirmam ser Valdo Motta um dos mais importantes poetas brasileiros na última década do século XX.

A partir da publicação do livro Recanto (poema das 7 letras), em 2002, troquei o V pelo W em meu nome, passando a assinar minhas obras como Waldo Motta.

Aprofundando meus estudos cabalísticos, a partir de 1999, passei a estudar os anagramas e a escrever poemas anagramáticos, desenvolvendo novas técnicas literárias e poéticas, já divulgadas na Universidade de Munique, Alemanha, Universidade da Califórnia, em Berkeley, Universidade de Stanford, Palo Alto, Estados Unidos.

Em 2000, ganhei do Landeshaupstadt München Kulturreferat (Departamento de Cultura de Munique) uma bolsa e estadia de três meses (Novembro 2001-Janeiro 2002) na Alemanha, na Villa Waldberta, uma residência para artistas de relevância no cenário internacional, situada à beira do Lago Starnberger, de frente para os Alpes, na Baviera, nos arredores de Munique. Fui indicado como candidato a esse prêmio pelo Instituto Goethe, de São Paulo, e concorri com candidatos de 40 países.

Ganhei outra bolsa, do Instituto Goethe, de São Paulo, para fazer o curso básico da língua alemã, no Instituto Goethe, da Sonnenstrasse, em Munique, onde convivi por vinte dias com estudantes de vários países, recitei e cantei poemas na sala de aula. Em seguida, fui convidado pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, Estados Unidos, para participar, em abril de 2002, do programa literário Writer-in-residence, que consistiu em recitar meus poemas e falar de poesia, para alunos do Departamento de Português (e também do de Espanhol, por cortesia deste poeta) da Universidade da Califórnia, e também da Universidade de Stanford. Tanto em Stanford quanto em Berkeley, deixei todos os ouvintes encantados com as declamações, e assustados com minhas idéias. Fui indicado pelo Ministério da Cultura do Brasil, que desenvolve este projeto literário em parceria com a Universidade da Califórnia.

Na Alemanha, onde o jornal Literatur Blatt München cognominou-me de Literaturwissenchaftler (cientista das letras), recitei e falei sobre a minha poesia no Departamento de Português da Universidade de Munique, a convite do professor e pesquisador de literatura erótica francesa, espanhola e portuguesa, Horst Weich, a quem fui apresentado por Graziela Romanha, professora brasileira que também ensina na mesma Universidade. Na Villa Waldberta, fiz amizade com Yury Andrukhovski, da Ucrânia, Jana Bodnárová e Juraj Bartuzt, da Eslováquia, entre outros.

§§§

O QUE FALAM DE MIM

(fragmentos)

Iumna Maria Simon

“A alta voltagem da poesia de Valdo Motta foge aos enquadramentos usuais da literatura brasileira.”

http://www.cebrap.org.br/imagens/Arquivos/revelacao_e_desencanto.pdf/Novos estudos, n. 70, nov. 2004.

Enio Vieira

“Vai uma lista de vivos, numa época que gosta de gente morta, cânones, museus.Literatura brasileira de hoje: Luiz Ruffato, Paulo Lins, Ferrez, Alessandro Buzzo, Francisco Alvim e Valdo Motta.”

http://www.revistabula.com/comentários/ediçao203

José Augusto de Carvalho

“Valdo Motta não é um poeta. Valdo Motta é O poeta.”

A Gazeta, Vitória, 25 ago. 1996. O que você está lendo?

Raul Antelo

“Valdo Motta reabre a agenda modernista.”

Não mais, nada mais, nunca mais. Poesia e tradição moderna. In: PEDROSA, Célia et al (Org.)Poesia hoje. Rio de Janeiro: EdUFF, 1998. p. 27-45. (Coleção Ensaios, 13)

Amylton de Almeida

“Estamos anunciando o surgimento de um poeta maldito e lúcido.” / “Sem virar o rosto, o poeta desce ao inferno e registra a diferença.”

A Gazeta, Vitória, 28 out. 1981; 10 jun. 1984.

Ricardo Aleixo

“Dona de todo o universo.”

O Tempo, Belo Horizonte, 29 jul. 1998.

Jaguar

“Parece coisa de viado. E é.”

Pasquim, Rio de Janeiro, n. 677, 17 a 23 jun. 1982.

Massao Ohno

“Valdo Motta é um poeta extraordinário que pode ser equiparado aos grandes poetas que temos atualmente e que podem ficar relegados sem uma editora.”

A Gazeta, Vitória, 23 set. 1990. Caderno Dois, p. 3.

Literatur Blatt München

“Literaturwissenschaftler” (“Cientista das letras”)

Literatur Blatt München, Munique, nov. 2001.

Revista Sui Generis

“Valdo é polêmico, obsceno, transgressor e o mais talentoso poeta de inspiração gay dos últimos tempos.”

Sui Generis, n. 25, 1997. Vórtex, p. 6.

José Celso Martinez Correa

“(...) BUNDO É A ESCRITURA DE DEDOS / PORTADORES DE VIBRAÇÕES CONCRETAS VIVIDAS / NAS TÂNTRICAS PRÁTICAS DE VALDO MOTTA, / ESTE BUDA AUTOR, IRMÃO DE SER O QUE ESCREVE, / DO CENTENÁRIO ANTONIN ARTAUD. CADA POEMA UMA VIVÊNCIA DO DIVINO AGORA / UM PARTO DE VIDA ETHERNA, / DEUS MATERIALIZADO, PRODUZIDO NO INSTANTE DO CORPO COMO UMA PORRA DE FOGO SEMPRE VIVO. / PARA MIM CHEGA NESTE FIM DE VERÃO QUANDO ENSAIOBACANTES(...) PARA MIM ENTRE OUTRAS COISAS / VIROU UM BREVIÁRIO DE TEATRO / QUE É A BUSCA DO DEUS DO CORPO DE CADA PESSOA QUE ATUA (...) TUA BUSCA ATÉ INCONSCIENTE DE POESIA VITAL / VAI ENCONTRAR O QUE PROCURA. / POIS É MESMO UM ‘LIVRO INSPIRADO’, / UM EVANGELHO DO DEUS ANAL. / NA CIVILIZAÇÃO BRAZILEYRA NEO ARCAICA, / BÁRBARA E TECNIZADA QUE ESTAMOS INVENTANDO, / QUASE BALBUCIANDO SECRETAMENTE, / O BUNDO É UMA BELEZA QUE SE PRONUNCIA, / ATREVIDA COMO NOSSO AMOR DE POVO PELAS ALEGRIAS DA BUNDA. / É PRÁTICO COMO SÃO OS LIVROS DOS VEDAS / PARA ALTA MEDITAÇÃO, DEPHALAÇÃO, CANTADAS E CANTO, EVOÉ BUNDO.

CORREA, José Celso Martinez. Auriculário. In:MOTTA, Valdo.Bundo e outros poemas. Campinas: EdiUNICAMP, 1996.

Roberto Schwarz

“(...) há um ensaio audacioso e importante de Iumna Simon sobre a poesia igualmente importante e audaciosa, marginal até onde é possível, de Valdo Motta (revistaPraga). Iumna revê a poesia brasileira recente à luz da produção de Valdo Motta, cuja posição estética, religiosa, sexual e de classe cria ângulos novos.”

SCHWARZ, Roberto. Por uma experiência brasileira. Entrevista de Roberto Schwarz a Eduardo Nasi.Zero Hora, Porto Alegre, 01 jul. 2000. Cultura, p. 3.

João Silvério Trevisan

“Valdo Motta chegou para ocupar um espaço vago por aqui: o de grande poeta de inspiração homossexual. E sua obra, descoberta pela Universidade de Campinas, mergulha nos mistérios eróticos da Bíblia e do corpo para desafiar o leitor a entrar num banquete escatológico, tão difícil quanto necessário. (...) Pois bem, no dia que conheci a poesia de Valdo Motta, dei urros de prazer e alegria. Confesso que há muito eu não lia nada tão belo, radical e transgressor. (...) Valdo Motta instaura-se na longa tradição daqueles místicos que amam Deus com tanta radicalidade que já não separam mais tesão do corpo e da alma. Isso se chama estado de fusão poética.”

TREVISAN, João Silvério. Enjôo poético. Trechos da apresentação de entrevista de Valdo Motta a João Silvério Trevisan. In: Sui Generis, n. 23, 1997.

Fabio de Souza Andrade

“Religião e homoerotismo confluem em ‘Bundo’, do poeta Valdo Motta”.

Gozo místico. In: Folha de São Paulo, 07 set. 1997. Mais!, p. 13.

José Carlos Barcellos

“A poesia de Valdo Motta é um acontecimento. Possivelmente desde Adélia Prado, não surgia na literatura brasileira poeta tão original e inconfundível. Como a autora mineira, o poeta capixaba surpreende pela maneira como articula erotismo e sagrado. (...) A poesia que nos propõe é um escavar de significados, que visa a trazer à luz sentidos soterrados por séculos de sucessivas leituras ‘espiritualizantes’.”

BARCELLOS, José Carlos. Poéticas do masculino: Olga Savary, Valdo Motta e Paulo Sodré. In: PEDROSA, Celia (Org.).Mais poesia hoje. Rio de Janeiro: 7Letras, 2000.

Celia Pedrosa

“Também em Valdo Motta, na antologia carioca [Esses poetas – uma antologia dos anos 90. Organização: Heloisa Buarque de Holanda. Rio de Janeiro, Aeroplano, 1998], a construção homoerótica da persona lírica vai ser fundamental para a definição de um lirismo dramático em que a visualidade contemplativa de efeito ascético – no que diz respeito à subjetividade e à estética – dá lugar à dramaticidade. E se nele não ressalta à primeira vista o uso recorrente de imagens ligadas à voz e à musicalidade, como nos anteriores, não deixa de ser significativo, no mesmo sentido, o uso de uma eloqüência de bardo pós-romântico – que, aliás, Mário de Andrade já propunha como antídoto ao excessivo teor lúdico e experimentalista de certo modernismo. Para alcançá-la Valdo manipula com habilidade uma sintaxe mais discursiva na qual imagens eróticas recarregam de novos sentidos uma tessitura híbrida de referências religiosas e mitológicas de origem judaico-cristã, budista e africana. E consegue, assim, entre outros efeitos, uma vigorosa atualização da postura rimbaudiana que inclusive figura com clareza no poema-viajante ‘Revisitando o inferno da paixão’, onde reencarna o famoso ‘bateau ivre’: ‘Em águas tantas vezes navegadas, / de dor em dor, no dia-a-dia, ser / o bêbado batel entre os corais / (arrais e co-arrais já enjoados), / assim vagando em círculos, sem mais / combustível além do desespero / em águas tantas vezes navegadas.’”

PEDROSA, Celia de Moraes Rego. Políticas da poesia hoje.Luso-brazilian Review, Madison: University of Wisconsin-Madison, n. 36, 1999.

Italo Moriconi

“Para fazer o contraponto com a poesia atual, destacando algum nome dos anos 90 para juntarmos ao de [Roberto] Piva, creio que não há ninguém melhor que Valdo Motta, o sodomita místico do Espírito Santo, que teve lançada pela Unicamp em 1996 a coletânea intituladaBundo e outros poemas.”

MORICONI, Italo. Pós-modernismo e volta do sublime na poesia brasileira.In: PEDROSA, Celia; MATOS, Cláudia; NASCIMENTO, Evando.Poesia Hoje,Niterói: EdUFF, p. 13, 1998. Coleção Ensaios; 13.

Candace Slater

“A variedade tem sido um elemento fundamental ao sucesso do programa Escritor Residente. Tivemos sorte em ter conosco durante a primavera de 2002 o poeta Valdo Motta, cuja obra se caracteriza por um elemento de oralidade acentuada e uma preocupação sintética que os nossos alunos não tinham visto antes. Agradecemos o apoio do MEC que possibilitou a presença dele em nossas aulas de língua e literatura luso-brasileiras.”

SLATER, Candace. Marian E. Koshland Distinguished Professor/Director, Luso-Brazilian Program University of California, Berkeley, EUA.

Gilmar de Carvalho

“Capixaba, Valdo Motta se inscreve como uma das vozes mais contundentes da poesia brasileira contemporânea. O autor de Bundo e outros poemas(Campinas, Editora da Unicamp, 1996) faz uma poesia com temática homossexual e uma força epifânica: (...) Ele pode ser citado como uma das vozes mais vigorosas de uma certa dicção da poesia brasileira marcada pela diversidade, que vai da experimentação – que tem em Glauco Mattoso (Jornal do Brabil, SP, edição do autor, 1981, eManual do pedólatra amador, SP, Expressão, 1986) e Roberto Piva (Antologia poética, Porto Alegre, L&PM, 1985) seus arautos homoeróticos – ao cordel de Frank e Salete Maria da Silva (da Sociedade dos Cordelistas Mauditos de Juazeiro do Norte).”

CARVALHO, Gilmar. Alteridade e Paixão.Cult, São Paulo, n. 66, fev. 2003. Dossiê Cult: Literatura Gay, p. 38.

Iumna Maria Simon

“Olha, eu penso que a poesia de Valdo Motta tem muitos lados de novidade. (...) A começar pela riqueza e variedade formais, raras hoje em dia, que revelam uma capacidade poderosa de incluir mundos e experiências as mais particulares, desde a gíria até referências míticas, religiosas e sexuais, ampliando a experiência existencial de um escritor que procurou entender sua homossexualidade por vias inusuais. (...)Bundo é uma síntese desse aprendizado e do diálogo com as principais tendências contemporâneas da poesia brasileira.”

SIMON, Iumna M. Sobre a poesia de Valdo Motta. In:Revista USP, São Paulo, n. 36, pp. 172-77, dez./jan./fev. 1997-98.


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