sábado, 29 de janeiro de 2011

SIMETRIA E VERDADE: SEGREDOS DO ALTÍSSIMO

Acabei invadindo a praia da matemática e da física quântica, ao buscar as simetrias possíveis entre as letras do alfabeto hebraico. Nestas pesquisas, eu sempre encontro relações entre o sagrado e o ânus. Quem for capaz de contestar a verdade recorrente em minhas descobertas, que o faça!

Por longo tempo meditei sobre essas letras, tentando descobrir segredos ainda não revelados, até que um dia, em 1999, aos 39 anos, encontrei a chave de leitura que me permitiria o acesso a mensagens codificadas, que reportam sempre um mesmo assunto, e apontam sempre numa mesma e única direção, a saber: o lugar sagrado - o ânus.

Entre os arranjos possíveis das 22 letras do alfabeto hebraico, somente um deles, até onde pude descobrir, revela a natureza e o lugar do sagrado. Trata-se de uma matriz, um diagrama formado quando se colocam as 11 letras iniciais (de א a כ) sobre as outras 11 letras (de ל a ת).






Por que o número 11? Este número simboliza a união de dois machos, e está associado à ideia de homoerotismo, transgressão, pecado; na Cabala, vincula-se a uma sefirah misteriosa, chamada o Conhecimento, DaHaTh דעת, palavra esta que, na forma verbal, em algumas passagens bíblicas, possui claras e inequívocas conotações sexuais.

Empilhando-se dois grupos de 11 letras, como se fossem dois homens, um sobre o outro, ver-se-á que as letras פ e ו constituem o eixo e o centro da simetria, e correspondem ao número 86. Fiz um levantamento de palavras hebraicas que pudessem somar 86, e cheguei aos resultados abaixo:

פו
86

פ = boca, orifício, cavidade
ו = luz, verbo; conexão, ligação

פ ו
(PO, adv., 80+6 = 86)
AQUI, NESTE LUGAR

(ל נ ו
(LaNU, pron., 30+50+6= 86)
(PARA NÓS

נ ו ל )
(NéVéL, sm., 50+6+30 = 86)
FEIÚRA)

כ ו ס
(KOÇ, sf., 20+6+60 = 86)
CÁLICE, TAÇA

כ ל ו ל
(KáLUL, adj., 20+30+6+30 = 86)
INCLUÍDO, CONTIDO, INSERIDO

ה ט ב ע
(HaTeBaH, sm., 5+9+2+70 = 86)

A NATUREZA; O ELEMENTO, A SUBSTÂNCIA;
O CARÁTER, A QUALIDADE; O BOM NOME, A FAMA;
A CONEXÃO, LIGAÇÃO, PERTINÊNCIA

נ ו ל
(NUL, sm., 50+6+30=86)
TEAR

כ ו ס
(KOÇ, sf., 20+6+60=86)
DESTINO, SORTE

ס ו ך ou ס ו כ
(ÇOK, sm. 60+6+20=86)
TENDA, TABERNÁCULO

א ל ה י ם ou א ל ה י מ
(ELoHYM, sm., 1+30+5+10+40=86)
DEUS, DEUS DOS DEUSES, ELOHIM

ס ו ך ou ס ו כ
(ÇOK, v. 60+6+20= 86)
INCITAR, INSTIGAR; UNTAR-SE, UNGIR-SE (Kirst et al.)

ס ך ou ס כ
(ÇáK, v. 60+20= 80)
UNGIR, UNTAR, MASSAGEAR, LUBRIFICAR (Berezzin)

ג ב א
(GeVÉ, sm., 3+2+1 = 6)
BURACO, ORIFÍCIO, FURO, RASGO, COVA, TOCA

א ה ל י ם ou א ה ל י מ
(AHÁLYM, 1+5+30+10+40 = 86)
ALOÉS, BABOSA

ג ב א
(GeVÉ, sm., 3+2+1 = 6)
BURACO, ORIFÍCIO, FURO, RASGO, COVA, TOCA

ס ו ד י
(ÇUDY, adj., 60+6+4+10 = 80)
SECRETO, OCULTO, MISTERIOSO

ס ו ד
(ÇOD, sm., 60+6+4 = 70)
SEGREDO, MISTÉRIO; CONCILIÁBULO; CONVERSAÇÃO

י א ה
(YáÉH, adj., 10+1+5 = 16)
BELO; BOM; CONVENIENTE; APROPRIADO

כ ל י
(KLY, sm., 20+30+10 = 60)
VASO, JARRO, RECEPTÁCULO

כ ב ד
(KáVoD, adj., 20+2+4 = 26)
RESPEITÁVEL, HONORÁVEL

& & &


DICIONÁRIOS CONSULTADOS :


Dicionário Hebraico-Português. Jaffa Rifka Berezzin. São Paulo : EDUSP, 1995.


Dicionário Hebraico-Português & Aramaico-Português. Nelson Kirst et al. São Leopoldo / Petrópolis : Sinodal / Vozes, 1988.


&&


Alerto aos puristas e incautos que os verbos aqui traduzidos no infinitivo, na realidade, estão no pretérito, terceira pessoa do singular, como aparecem em dicionários modernos de hebraico, conforme explica a professora Jaffa Rifka Berezzin, em seu Dicionário Hebraico-Português.

&


AJUDE-ME A DAR CONTINUIDADE A ESTE TRABALHO
FAÇA UMA DOAÇÃO PARA ESTE BLOG
ATRAVÉS DE DEPÓSITO BANCÁRIO

Titular: Edivaldo Motta
Banco: Caixa Econômica Federal
Número do Banco: 104
Agência: 2042
Código de Operação: 013
Número da Conta: 63456-1



&




CONTATOS COM O AUTOR:


waldo_motta@hotmail.com
waldomotta@bol.com.br

Voz do Escritor - USP - Waldo Motta e a Terra Sem Mal



Acima, trecho de minha apresentação, juntamente com o poeta Ricardo Aleixo, no programa Voz do Escritor, na USP, em 10 de junho de 2010.
O registro foi feito pelo poeta Fabio Weintraub.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

EVANGELHO ANAL - APOCALIPSE, JÁ!

Messias MáShYaH משיח

Até que me provem o contrário, o que segue pode ser considerado uma mensagem apocalíptica, escatológica, oculta nas entranhas da palavra Messias, e que eviscerei através de análise combinatória, etimológica, semântica e quântica das letras, além de considerar as relações entre palavras cognatas. Como todos sabem, Apocalipse significa Revelação. E a revelação que se faz aqui é a de um Evangelho anal.

A palavra MESSIAS, em hebraico, משיח MáShYaH, significa ungido, consagrado, escolhido, eleito, e provém do verbo MáShaH, משח, que significa ungir, besuntar, consagrar. Vincula-se aos substantivos משחה MiShHáH, ungüento, pasta, pomada, e שמחה SiMHáH, festa, ocasião festiva; alegria, regozijo. Permutei as letras do verbo משח MáShaH e obtive outro, שמח SiMMaH, causar alegria ou prazer, fazer feliz; além do adjetivo שמח SáMeH, alegre, contente, jubiloso, e do substantivo חמש HoMéSh , abdomen, baixo ventre, virilha. Também fiz a análise combinatória das letras da palavra משיח MáShYaH, isto é, Messias, e descobri em que consiste a salvação que nos oferece o Salvador, e assim confirmei mais uma vez o sentido anal-escatológico do sagrado, recorrente em minhas pesquisas lingüísticas.

M Sh Y H  משיח


M מ = matriz, fonte, água; purificar; transformar
Sh ש = extremidade, ponta; ser vivente; mundo
Y י = mão, dedo; falo; Deus; realizar, fazer
H ח = curvar-se, inclinar-se, orar, rezar; fazer justiça

Y י = mão, dedo, falo
H ח = inclinar-se, dobrar-se, curvar-se; rezar, orar; fazer justiça.
M מ = matriz, fonte, água; purificar; transformar
S (Sh) ש = ponta, extremidade, dente; ser vivente, mundo

MSh מש = massagear
ShM שמ (ou שם) = Deus (HaSheM), céu (ShaMaYM)
YM ימ (ou ים) = oeste, poente [traseiro]*
MH מח = cérebro, medula, polpa
YSh יש = substância, essência
HM חמ (ou חם) = quente; calor, febre, quentura
ShY שי = presente, dádiva
HY חי = vida

MáShYaH משיח = ungido, consagrado, escolhido, eleito
MiShHáH משחה = ungüento, pasta, pomada; porção
MáShaH משח = ungir, untar, besuntar, consagrar; medir
MáShaSh משש = tocar, apalpar, tatear, mexer
MiShSháH משאה = massagear, esfregar, friccionar
HoMéSh חמש = abdomen, baixo ventre, virilha
SiMMaH שמח = causar alegria, prazer, regozijar, fazer feliz
SáMeH שמח = alegre, contente, jubiloso
SiMHáH שמחה = festa; alegria, regozijo

HáMeSh חמש = cinco; arrumar, equipar, ordenar para a batalha
MaShSháÁH משאה = dever, obrigação, dívida
MaSSáÁH משאה = subida, elevação
MáSháH משה = tirar da água, puxar para fora

###


YM ימ (ou ים) = oeste, poente [traseiro]*

Por contingências geográficas, para os hebreus/judeus, o Mar Mediterrâneo situa-se a oeste. Talvez por isso é que uma mesma palavra, em hebraico, signifique mar e oeste. E o poente, em termos simbólicos, está atrás de nós, em nosso traseiro, à retaguarda. Em tupi-guarani, emprega-se a expressão yandecupepy para designar o oeste, isto é, aquilo que está em (py) nossa/nosso (yande) costa / traseiro (cupe).

Nesta pesquisa, levei em conta os significados simbólicos de cada letra do alfabeto hebraico, segundo consta em livros de Cabala e em fontes diversas não citadas.

As formas verbais aqui traduzidas no infinitivo, estão no pretérito, no original, como se pode ver, p. ex., no Dicionário Hebraico-Português, de Rifka Berezzin.


& & &


DICIONÁRIOS CONSULTADOS:

Dicionário Hebraico-Português. Jaffa Rifka Berezzin. São Paulo : EDUSP, 1995.

Dicionário Hebraico-Português & Aramaico-Português. Nelson Kirst et al. São Leopoldo / Petrópolis : Sinodal / Vozes, 1988.

&&

Alerto aos puristas e incautos que os verbos aqui traduzidos no infinitivo, na realidade, estão no pretérito, terceira pessoa do singular, como aparecem em dicionários modernos de hebraico, conforme explica a professora Jaffa Rifka Berezzin, em seu Dicionário Hebraico-Português.

&


AJUDE-ME A DAR CONTINUIDADE A ESTE TRABALHO
FAÇA UMA DOAÇÃO PARA ESTE BLOG
ATRAVÉS DE DEPÓSITO BANCÁRIO

Titular: Edivaldo Motta
Banco: Caixa Econômica Federal
Número do Banco: 104
Agência: 2042
Código de Operação: 013
Número da Conta: 63456-1

&

CONTATOS COM O AUTOR:

waldo_motta@hotmail.com
waldomotta@bol.com.br

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Terra Sem Mal - versão teatral



As cenas dessa minha pecinha de lycra azul & rosa, "Terra Sem Mal - um mistério bufante & deleitoso", são apenas esboços para a montagem que ainda pretendo realizar, com mais atores, recursos etc. Aqui ofereço uma pequena e humilde amostra do que chamo de teatro alegórico.

TERRA SEM MAL – um mistério bufante & deleitoso - Sinopse

A partir da mitologia dos índios brasileiros, e outras referências, oscilando entre o épico e o místico, o sério e o cômico, a peça Terra Sem Mal é um exemplo de teatro alegórico. Evocando os autos sacramentais, as propostas éticas e estéticas de Brecht e Artaud, entre outros, a peça satiriza, em clima de festa, rave, carnaval e ópera, a busca infrutífera do paraíso, em todos os tempos e lugares, e sugere onde se pode encontrar o objeto de tão apaixonado desejo: a zona proibida do corpo.

A peça mostra, na primeira parte, vários personagens, em tempos e lugares diferentes, em busca da "Terra Sem Mal", do paraíso, da utopia. Na segunda parte, enfim, manifesta-se um Tupã gay e debochado que revela ao pajé que o invoca o que é e onde se encontra o lugar tão desejado. Na terceira parte, entre outras coisas, ocorre o confronto entre um tipo de buscador, o Sinhozinho (bofe, caraíba, imperialista etc) e a Bicha papona, a monstra guardiã do lugar sagrado, a Terra sem mal, que poderia ser o Espírito Santo, já que um grupo de índios guarani, conduzido por Tatanty Uá Reté, uma vidente, veio parar aqui, no final dos anos 1960, acreditando estar no solo espiritossantense o tão suspirado paraíso indígena.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Temei e tremei, povaréu: chegou a monstra sagrada!

ASSIM DISSE A MONSTRA

Eu sou a monstra sagrada
eu sou a bicha papona
eu sou a jaguatirica
dos vales
eu sou a suçuarana
dos montes.
Eu sou o maracajá.

Sou demônio, anjo e deus
guardião de mil segredos
e do sonhado GRRRAAAALLLL.

Eu sou o terror das selvas,
eu sou o horror das trevas,
todos me amam e temem.

Por amor a Yanderu,
sirvo a Jurupari,
finjo-me de Anhangá,
Caipora e Saci.
Sou um anjo travesti.

Curinga, proteu
dez mil faces tenho.
Em todo e qualquer
lugar estou eu.

Eu sou o querubim do tabernáculo
e o anjo da espada flamejante
e o tigre de Blake e de Borges
e a pantera de Dante, e o leopardo
de Eliot e Daniel
e o dragão do Jardim das Hespérides
e a besta do Apocalipse
e a serpente do paraíso.

Sou o próprio Chupacabra.

Pantera rosa-shocking
jaguar azul-bebê
tigresa rosicler
sou cheia de gatimonhas
mas ronrono de ternura
e me enrosco todinha
em torno do meu dono:
aquele que a todos ama
e de todos é o amo.

Não me venha com bravatas e esconjuros
e nem me torne presa, caça ou vítima
de sua estupidez civilizada.
Sou uma besta sagrada e protegida
um animal santo e exijo
todo o respeito devido
à minha divina estirpe.

###

Este poema, do meu livro inédito Terra Sem Mal, é uma das falas da monstra guardiã do lugar sagrado, morada de Yanderuvuçu (Nosso Grande Pai), o Deus maior da mitologia guarani. Como se vê, reconto e atualizo mitos bíblicos e indígenas, crio alegorias, tranço liames entre culturas diversas, ma non troppo. Também misturo História e ficção. Amalgamo vasta gama de referências, com a graça do meu estilo transformista, este transgênero literário, híbrido de poesia, teatro, romanceiro, tratado filosófico & religioso, tese científica e o diabo a quatro, ou melhor, de quatro.

Nesta fala da monstra sagrada, ela se apresenta ao mocinho & herói & colonizador, num confronto neobarroco, que lembra personagens de Gil Vicente e Anchieta. No diálogo que se estabelece (em breve, postarei a fala do mocinho), também ousei transformar o previsível confronto entre o Bem e o Mal em tesão recíproco e agarração erótica entre o Cristo e o Anticristo.

sábado, 15 de janeiro de 2011

A bicha papona da poesia brasileira

Em poucas horas de contato entre nós, sem que eu tivesse tempo de falar de minha poesia, o meu sobrinho Henrique Aleixo Motta intuiu as cores do universo do jaguar azul-bebê, a pantera rosa-choque, a monstra sagrada, a bicha papona da poesia brasileira: Waldo Motta.

&&

Enquanto não sai o meu novo livro Terra sem mal, você pode ler alguns poemas
meus, éditos e inéditos, através do link seguinte:

http://www.geocities.ws/waldomottapoeta/poesia/poesia.html

&&

Leia opiniões de vários críticos literários, poetas, escritores e professores
sobre a poesia de Waldo Motta. Disponível em:

http://www.geocities.ws/waldomottapoeta/sobrewm/sobrewm.html

Leia também a minha palestra Enrabando o capetinha ou O dia em que Eros se fodeu,
em 27.10.1999, na mesa-redonda Poesia: Eros e gêneros, no II Seminário de
Poesia: Poesia Hoje, na Universidade Federal Fluminense. In: PEDROSA, Celia.
Mais Poesia Hoje. Rio de Janeiro: 7 letras, 2000, p. 59-76.
Para ler a palestra, faça o download, através deste link:

http://www.geocities.ws/waldomottapoeta/palestra/palestra.html 

domingo, 2 de janeiro de 2011

sábado, 1 de janeiro de 2011

Transpaixão

Coletânea de poemas selecionados de vários livros, Transpaixão (Edufes, Vitória, 2009, 2a. edição), foi adotado para o Vestibular de 2010-12, da Universidade Federal do Espírito Santo.

Interessados em adquirí-lo, entrem em contato com o autor, Waldo Motta. Cada exemplar custa R$ 20,00 (vinte reais), fora despesas postais, em caso de remessa. Eis os meus contatos:
waldo_motta@hotmail.com
waldomotta@bol.com.br
(27)88417348